As economias da sociobiodiversidade são economias de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais baseadas nos modos de vida, cultura, saberes, sistemas agrícolas e de manejo da paisagem.
Mais do que produtos, são economias do conhecimento, inovação e prestação de serviços ambientais. A biodiversidade, os maciços florestais, a manutenção de complexos hídricos e as paisagens dos diferentes biomas, são algumas das formas que esses conhecimentos e serviços se materializam, contribuem para a vida e se relacionam economicamente.
É preciso entender e reconhecer que os Sistemas de Manejo, Agricultura e Produção dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais estão alinhados com suas culturas e seus conhecimentos sobre os territórios e a biodiversidade. Esses sistemas buscam a resiliência e o bem viver das pessoas com os territórios e, com isso, a necessidade de manejar e dominar em baixa escala e baixo impacto, uma alta variedade de espécies que possuem usos múltiplos para a alimentação, habitação, saúde, cura, lazer, beleza, espiritualidade e geração de renda, mantendo a floresta conservada.